Neste sentido, pode-se dizer que a psicomotricidades é inserida no contexto escolar com a finalidade de propiciar o lúdico e a interação socioeducativa, contemplando incialmente as crianças do ensino infantil, de acordo a proposta do Referencial a Curricular Nacional (BRASIL, 1998). Este contempla a modalidade infantil nos vários aspectos da criança, como físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais, considerando que esta é um ser completo e indivisível, e as divergências estão exatamente no que se entende sobre o que seja trabalhar com cada um desses aspectos no contexto da aprendizagem escolar. O exercício da psicomotricidade neste sentido dentro do espaço escolar tem favorecido satisfatoriamente o desenvolvimento da criança. Ainda seguindo essa mesma linha de pensamento, é importante frisar que no contexto escolar, aprender a fazer essas relações espaço-tempo significa que a criança tem acesso a um espaço orientado a partir de seu próprio corpo multiplicando suas possibilidades de interagir e aprender. Entretanto, não podemos nos abster de que neste mesmo contexto encontramos crianças com caraterísticas diversificadas em si mesmas e entre as demais, unas são mais ágeis, mais ou menos expressivas e outros já trazem consigo dificuldades de aprendizagem em terminadas áreas do conhecimento. Estas dificuldades, muitas vezes, estão relacionadas à falta do desenvolvimento de habilidades espaciais e temporais ou lentidão de aprendizagem, e ainda, um transtorno psicomotor, que tem razões e características distintas, e são confundidas. As abordagens em relação à psicomotricidade nos alerta a estas questões, pois tais casos podem estar relacionados com a coordenação psicomotora da criança, ou seja, no início da vida escolar, a criança não teve a formação motora correta, por alguma razão não desenvolveu a motricidade fina ocasionando déficits na aprendizagem. Em tal situação, a psicomotricidade sugere que o trabalho desenvolvido com essa criança contemple a coordenação motora inicial, onde ela poderá desenvolver as habilidades que estavam retraídas e, certamente, lhe causando sofrimento e angústias. Pois, sabemos que quando uma criança não consegue acompanhar as outras e/ou não realizar qualquer tipo de atividade proposta no ambiente escolar, sempre é motivo para a baixa autoestima afetando as dimensões de construção do corpo que está em desenvolvimento. _______________________________________________________________________________
Referências Bibliográficas
ANDRADE, M. S. (org). A escrita inconsciente e a leitura invisível: uma contribuição às bases teóricas da Psicopedagogia. Coleção Temas de Psicopedagogia. Livro 1. São Paulo: Memnon, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/ SEF, 1998.
FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
SBP. Sociedade Brasileira de Psicomotricidade. Disponível em:___________________
www.psicomotricidade.com.br. Acesso em outubro de 2011.
WALLON, H. A evolução psicológica da criança, Cap. X, São Paulo, Edições 70, 1981. In.WEREBE, M. J. G. & BRULFERT, J. N. Henri Wallon. São Paulo, Ática, 1986.
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